segunda-feira, 18 de março de 2013

Mês da Mulher: Entrevista com a bailarina de dança do ventre Aleh Fassarella

Essa semana começa com a maravilhosa bailarina e professora Aleh Fassarella a dança do ventre está a 13 anos em sua vida e 11 anos profissionalmente. Umas das pioneiras na divulgação e formação de novas bailarinas no Estado do Espírito Santo.


Como você conheceu a dança do ventre ?
Desde pequena sempre tive a pratica da dança e em várias modalidades como jazz, afro e cigana mas quando conheci a dança do ventre me apaixonei, foi através de filmes que me encantei com todo “glamour” e sensualidade desta dança, desejei um dia poder ter a oportunidade de conhecer profundamente esta arte.

Quais bailarinas influenciaram sua dança e qual mais te inspira?
Conheci primeiro as dançarinas através dos filmes como: Tahia Carioca, Souhair Zaki e Nadia Gamal, até ter o conhecimento de dançarinas brasileiras que me influenciaram bastante ao aprendizado entre elas Lulu Sabongi, Nájua e Carlla Sillveira. Mas as minhas maiores inspirações são Souhair Zaki (Egito), Carlla Sillveira ( BH) e Âmbar ( Argentina ) mas sempre aprecio novos talentos a busca de diferentes estilos pois não apoio as padronizações ;

A Dança do Ventre sempre foi sua profissão, ou vc teve outras antes dela? Como foi esta transição? 
Procurei a dança do ventre a principio pela prática que já havia em danças em geral, sendo a dança do ventre além de conquistar meu interesse seria mais uma modalidade para meu conhecimento, mas me surpreendia cada vez mais com minha paixão pelo aperfeiçoamento no aprendizado cujo acabou se tornando mais uma profissão, tanto em apresentações como em ministrar aulas, a dança do ventre nunca foi e nem será minha principal profissão, apesar de sonhar com esse poder um dia, ainda não temos esse privilégio em nosso estado, mas me orgulho de ter como profissão uma arte de grande riqueza que me traz a enorme gratificação de poder trabalhar com o que amo fazer;

Em algum momento da sua vida você pensou em desistir? O que te fez dá a volta por cima?
Várias vezes pensei em desistir e por muitos momentos me senti derrotada por lutar tanto pelo respeito,
reconhecimento e união da dança do ventre no estado,as vezes sem sucesso mas quando isso acontece me lembro no bem que esta prática faz a mim e o quanto amo dançar e valorizo as conquistas que obtive respeitando amor que une as praticantes desta arte isso inclui minhas filhas alunas e amigas parceiras;

Que benefícios a dança lhe trouxe?
Seria impossível enumerá-los, foram muitos e tantos importantes que se fosse citá-los com certeza esqueceria algum, mas posso afirmar que a dança do ventre foi um reconhecimento de uma mulher que nunca sabia que existia dentro de mim , conheci e venci meus limites físicos e psicológicos, me completou e preencheu de uma forma que hoje ficaria injusto tirar esse pedaço de minha vida, a dança do Ventre é parte de minha vida e responsável por grandes momentos inesquecíveis;

Que dicas você daria pra quem quer se tornar profissional na Dança do Ventre?
O aprendizado da dança é muito importante, até por que nunca saberemos tudo sobre o assunto e como esta arte tem uma enorme riqueza cultural e está em eterno crescimento, sempre tem-se coisas novas a se aprender, mas não deixe de ter em sua dança a SINCERIDADE de sentimentos, o maior encantamento de uma dançarina é passar o mais puro sentimento da alma em completa harmonia com o amor a dança, se entregar a cada movimento ou a cada instrumento representado com corpo e melodia elevados a um sentimento da alma, mas não esquecer-se de que para que essa sinceridade aconteça a HUMILDADE deverá estar na frente de sua dança. É com muita humildade que se conquista pessoas, momentos e melhores aprendizados.



Vídeo:




Aleh obrigado pela entrevista e por enriquecer a dança do ventre no Espírito Santo!


By: Juliana Batista



Nenhum comentário: